Eu sempre amei e ainda amo acompanhar as semanas de moda e observar o vai e vem constante das tendências, mas estamos em 2021 tentando “respirar” durante uma pandemia. Ao retomarem os desfiles internacionais retornam também as coberturas dos mesmos, talvez especificamente agora com um gostinho especial de quem passou meses em casa usando moletom. Essa realidade toma uma proporção gigantesca ao escancarar para o mundo todo uma chuva de looks desfilados pelas ruas de Paris, por exemplo, 3 ou 4 looks usados no mesmo dia, um para cada desfile, 1 para cada caminhada, 1 para cada marca do momento. Tudo isso em meio ao debate sobre consumo excessivo. A cada post uma bolsa é “a bolsa do momento” e a sociedade das aparências vê aquilo como se fosse um sonho, o paraíso, um objetivo de vida. Seria mesmo? Quem trabalha (assim como eu) imerso no mercado de moda nacional entende que ainda estamos caminhando para uma produção mais consciente e vê de dentro as marcas batalhando para seguir esse rumo, que não vira uma chave de uma hora para outra. Seria hipocrisia dizer que não nos sentimos atraídos por novidades e grandes lançamentos mas é importante ter um olhar…