• Deselegância ou novos tempos?

    20 de maio, 2015

    Grandes eventos mundiais, do Oscar ao baile de Carnaval do Copacabana Palace, são conhecidos além da festa em si, como um desfile da última moda da alta costura: lá despontam looks, surgem gafes e aqueles feitos que acabam atraindo todos os holofotes da noite. Mas, hoje em dia, a linha entre o “ser belo” e “chocar” vem passando lado a lado e muitas vezes ser citado pelo que assustou e inovou se sobrepõe à beleza.

    Em meados de 1960, Marilyn Monroe desfilava sua beleza e sensualidade com vestidos longos, alguns decotados e adornados com um casaco de pele; em grandes premiações como, por exemplo, o “Golden Globes”. A sensualidade não provinha da transparência ou do excesso, mas sim do caimento do vestido em seu belo corpo, o que lhe dava cada vez mais a reputação de femme fatale.

    Em 1956, a atriz norte americana e Princesa de Mônaco Grace Kelly foi premiada na 28ª edição do Oscar e, como era de se esperar na época, foi recebê-lo vestida lindamente com um vestido longo, acrescentado por um lenço que cobria todo o seu colo, além de ter seu cabelo preso com um coque. Independente da roupa não mostrar seu corpo, ela foi considerada – e ainda é – uma das mulheres mais bonitas do mundo; símbolo de elegância e classe, dignos da família real.

    O século já é outro e o excesso de roupa foi ficando cada vez mais para trás, embora ainda sejam vistos os belos longos em grandes eventos, mas eles tragam sempre um algo a mais, seja uma fenda lateral, frontal ou um decote imenso. Hoje em dia, o corpo está, na maior parte das ocasiões, em evidência, às vezes até mesmo acima do conforto e da elegância.

    Transparências são a “bola da vez” dos estilistas; começaram com aquelas mais discretas no decote, mas, a algumas semanas, no Met Gala 2015, surgiram quase como uma tatuagem corporal cobrindo somente o necessário para evitar a nudez extrema. Isso, visto nos looks da cantora pop Beyoncé e da socialite Kim Kardashian, que tinham tudo para apostar nesse estilo, com corpos de cair o queixo.

    Cada atriz, personalidade ou celebridade tem um propósito com a roupa que veste; aliás, como diria Isis Apfel, “Se vestir é dizer ao mundo quem você é”, mostrar o que você gosta no seu corpo, como você define sua personalidade, seja ela de mulher fatal ou moça delicada.

    E assim, a cada ano, a moda pessoal e mundial vai se moldando conforme os propósitos pessoais e se adaptando aos novos tempos.

     

     

     

    Fontes:

    imdb.com

    theacademy.tumblr.com

    usmagazine.com

    vogue.com

    hollywoodlife.com

Raquel P. Fejgiel

Criei o blog em 2014, com a intenção de escrever sobre moda, gastronomia, lifestyle, beleza e viagens. Sou formada em Jornalismo na UFRJ, Produção de Moda pela Puc-Rio e Branding no IED Rio. Entre vários cursos que fiz na área de moda estão alguns como "Marcas que fazem a Moda no Rio" na Casa do Saber, Personal Stylist e Jornalismo de Moda no Instituto Rio Moda.

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