Grandes eventos mundiais, do Oscar ao baile de Carnaval do Copacabana Palace, são conhecidos além da festa em si, como um desfile da última moda da alta costura: lá despontam looks, surgem gafes e aqueles feitos que acabam atraindo todos os holofotes da noite. Mas, hoje em dia, a linha entre o “ser belo” e “chocar” vem passando lado a lado e muitas vezes ser citado pelo que assustou e inovou se sobrepõe à beleza.
Em meados de 1960, Marilyn Monroe desfilava sua beleza e sensualidade com vestidos longos, alguns decotados e adornados com um casaco de pele; em grandes premiações como, por exemplo, o “Golden Globes”. A sensualidade não provinha da transparência ou do excesso, mas sim do caimento do vestido em seu belo corpo, o que lhe dava cada vez mais a reputação de femme fatale.
Em 1956, a atriz norte americana e Princesa de Mônaco Grace Kelly foi premiada na 28ª edição do Oscar e, como era de se esperar na época, foi recebê-lo vestida lindamente com um vestido longo, acrescentado por um lenço que cobria todo o seu colo, além de ter seu cabelo preso com um coque. Independente da roupa não mostrar seu corpo, ela foi considerada – e ainda é – uma das mulheres mais bonitas do mundo; símbolo de elegância e classe, dignos da família real.
O século já é outro e o excesso de roupa foi ficando cada vez mais para trás, embora ainda sejam vistos os belos longos em grandes eventos, mas eles tragam sempre um algo a mais, seja uma fenda lateral, frontal ou um decote imenso. Hoje em dia, o corpo está, na maior parte das ocasiões, em evidência, às vezes até mesmo acima do conforto e da elegância.
Transparências são a “bola da vez” dos estilistas; começaram com aquelas mais discretas no decote, mas, a algumas semanas, no Met Gala 2015, surgiram quase como uma tatuagem corporal cobrindo somente o necessário para evitar a nudez extrema. Isso, visto nos looks da cantora pop Beyoncé e da socialite Kim Kardashian, que tinham tudo para apostar nesse estilo, com corpos de cair o queixo.
Cada atriz, personalidade ou celebridade tem um propósito com a roupa que veste; aliás, como diria Isis Apfel, “Se vestir é dizer ao mundo quem você é”, mostrar o que você gosta no seu corpo, como você define sua personalidade, seja ela de mulher fatal ou moça delicada.
E assim, a cada ano, a moda pessoal e mundial vai se moldando conforme os propósitos pessoais e se adaptando aos novos tempos.
Fontes:
imdb.com
theacademy.tumblr.com
usmagazine.com
vogue.com
hollywoodlife.com